Sexta-feira, fim do dia.
Você olha o saldo da empresa: R$ 18.000.
“Ótimo! Vou tirar R$ 10.000 pra pagar minhas contas pessoais.”
Segunda-feira: fornecedor cobrando R$ 12.000.
Você olha a conta: R$ 8.000.
Pânico.
“Mas eu tinha R$ 18 mil na sexta!”
Tinha.
Até você misturar pessoal com empresarial.
E quebrar a regra mais básica de gestão financeira.
Você já viveu isso?
→ “Sobrou” R$ 15.000. Você tira tudo.
→ Semana seguinte: conta da empresa não fecha.
→ Precisa “devolver” dinheiro pra empresa.
→ Mas já gastou.
→ Entra no cheque especial.
→ Paga juros.
→ Repete no mês seguinte.
E você vive nesse ciclo infernal:
Tira → falta → devolve → tira → falta → devolve.
Nunca sabe:
“Esse dinheiro é meu ou da empresa?”
Resposta: nenhum dos dois.
Porque você misturou TUDO.
Regra básica:
Empresa = empresa. Pessoal = pessoal.
Parece óbvio?
Mas a maioria quebra essa regra TODO dia.
Como?
→ Tira dinheiro da empresa quando “sobra”
→ Paga conta pessoal com cartão da empresa
→ Compra coisa pessoal “na conta da empresa porque tem desconto”
→ Não define pró-labore fixo
→ Usa caixa da empresa como “cofre pessoal”
Resultado:
Você não sabe quanto a empresa TEM de verdade.
Você não sabe quanto VOCÊ ganha de verdade.
Você não consegue planejar nada.
E vive no caos financeiro.
Problema #1: Você quebra a empresa sem perceber
Você tira R$ 15.000 da empresa.
Mas a empresa precisa desses R$ 15.000 pra pagar fornecedor.
Resultado: empresa entra no vermelho.
Você não percebe porque misturou tudo.
Problema #2: Você não sabe seu lucro real
Faturou R$ 200.000.
Tirou R$ 50.000 “pra você”.
Mas não sabe:
Problema #3: Imposto vira bomba
Você tira R$ 60.000/ano “pra você”.
Mas não declara como pró-labore.
Receita Federal vê: retirada irregular.
Multa + juros.
Problema #4: Crescimento impossível
Quer abrir segunda unidade?
Banco pergunta: “Qual o lucro da empresa?”
Você: “Não sei, eu tiro quando sobra…”
Crédito negado.
Estrutura:
EMPRESA (CNPJ):
VOCÊ (CPF):
Fluxo correto:
Empresa fatura → paga despesas → transfere pró-labore FIXO para sua conta pessoal → você vive com seu pró-labore.
Simples assim.
Pró-labore = salário do dono.
Valor fixo. Mensalmente. Independente do resultado da empresa.
Como definir:
Opção 1: % do faturamento
8% a 12% do faturamento bruto.
Exemplo: fatura R$ 200.000 → pró-labore de R$ 16.000 a R$ 24.000.
Opção 2: Mercado
Quanto um gerente ganharia para fazer seu trabalho?
Esse é seu pró-labore base.
Opção 3: Necessidade pessoal + margem
Suas contas pessoais: R$ 12.000/mês.
Pró-labore: R$ 15.000 (margem de segurança).
Regra de ouro:
Pró-labore FIXO. Todo mês. Mesmo valor.
Não importa se vendeu mais ou menos.
Lucro ≠ Pró-labore
Pró-labore = salário (sai TODO mês).
Lucro = resultado final (distribui 1x/trimestre ou 1x/ano).
Fluxo:
Fim do trimestre/ano:
Faturamento total – despesas totais – pró-labore = LUCRO
Distribuição do lucro:
Exemplo:
Lucro trimestral: R$ 60.000.
Restaurante fatura R$ 220.000/mês.
Antes (mistura tudo):
Depois (separação correta):
Empresa:
Dono:
Resultado após 6 meses:
MAIOR que antes. Com PREVISIBILIDADE.
Passo 1: Abra contas separadas
Passo 2: Defina pró-labore fixo
Valor razoável. Nem muito alto (quebra empresa), nem muito baixo (você passa sufoco).
Passo 3: Transfira pró-labore TODO mês
Dia fixo. Mesmo valor. Sempre.
Passo 4: NUNCA mais retire “o que sobrou”
Sobrou? Fica na empresa.
Vira reserva ou lucro a distribuir no fim do trimestre.
Passo 5: Pague suas contas pessoais com SEU dinheiro
Não com dinheiro da empresa.
Passo 6: Distribua lucro 1x/trimestre ou 1x/ano
Não mensalmente.
□ Você tem pró-labore FIXO definido?
□ Você recebe pró-labore TODO mês, mesmo valor?
□ Você tem contas bancárias separadas (empresa x pessoal)?
□ Você NUNCA paga conta pessoal com dinheiro da empresa?
□ Você provisiona impostos em conta separada?
□ Você distribui lucro apenas 1x/trimestre ou 1x/ano?
□ Você sabe exatamente quanto a empresa tem (sem misturar com pessoal)?
Se marcou menos de 5: você está quebrando empresa e vida pessoal ao mesmo tempo.
Misturar empresa e pessoal não é “praticidade”.
É amadorismo.
E amadorismo quebra negócio.
Você trabalha 14 horas por dia.
Fatura R$ 200 mil/mês.
Mas vive no sufoco.
Por quê?
Porque você não sabe administrar O QUE É SEU e O QUE É DA EMPRESA.
E sem essa separação…
Você quebra os dois.
Separar empresa e pessoal não é burocracia.
É sobrevivência.
Sem separação:
✗ Você quebra a empresa
✗ Você vive no sufoco pessoal
✗ Você não consegue planejar nada
✗ Você não consegue crescer
✗ Você vive refém do caos
Com separação:
✓ Empresa saudável
✓ Vida pessoal previsível
✓ Crescimento possível
✓ Lucro visível
✓ Comando total
A diferença?
Profissionalismo.
Você tem duas opções:
Opção 1: Continuar misturando tudo. Viver no caos. Quebrar devagar.
Opção 2: Separar empresa e pessoal. Ter previsibilidade. Crescer com segurança.
A escolha é sua.
Mas saiba de uma coisa:
Quem mistura empresa e pessoal, quebra os dois.
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